Reposição de nitrogênio (N) e boro (B) em canaviais atingidos por queimadas

15 de outubro de 2024

Aplicações foliares de verão para mitigar perdas nas queimadas

As aplicações de fertilizantes foliares nitrogenados no período de verão, realizadas comumente após o estabelecimento das chuvas, que ocorrem geralmente no último trimestre do ano na região sudeste, já são consolidadas como uma forma de estimular o desenvolvimento vegetativo dos canaviais, preferencialmente após a realização de um “manejo pré e pós seca”, que busca manter a planta o mais ativa possível fisiológica e metabolicamente ao longo do período de estresse. 


Contudo, a problemática das queimadas, que ganhou destaque nesta safra, devido à intensidade e quantidade de focos de incêndio registrados, que chegam a 7.500 em SP até incríveis 9.700 em MG, e que devastaram uma área de aproximadamente 500.000 hectares nos dois estados citados, vem chamando a atenção para o uso das aplicações foliares como uma estratégia nutricional para o manejo de canaviais atingidos pelo fogo. 


Estudos recentes apontam que em áreas de cana-de-açúcar atingidas por queimadas, existe uma perda expressiva, da ordem de até 70% de alguns nutrientes comumente utilizados na adubação via solo, como o enxofre (S), boro (B) fósforo (P) e que podem chegar a até 100% no caso do nitrogênio (N) por exemplo, principalmente em cenários em que o adubo foi aplicado sobre a palhada, e não incorporado ao solo. 


Via de regra, em regiões em que houve a ocorrência de chuvas de mais de 30 mm após a adubação superficial sobre a palhada e a posterior ação do fogo no canavial, preconiza-se a reposição de 40 a 50% por cento dos nutrientes citados acima, sendo a aplicação foliar destes, uma excelente alternativa para atingir um melhor aproveitamento por parte da planta, em função da possibilidade de parcelar a entrada destes elementos e também devido à disponibilidade e absorção imediata destes nutrientes, bem como uma resposta rápida à possíveis carências nutricionais na lavoura, se tratando de micronutrientes. 


A aplicação foliar de fertilizantes nitrogenados, que possuam também outros nutrientes em sua composição, tais como boro (B), manganês (Mn), zinco (Zn) e molibdênio (Mo), no início da estação das águas é uma excelente opção para estimular o metabolismo hormonal e enzimático do canavial, bem como melhorar o aproveitamento do nitrogênio (N) aplicado. Outros nutrientes como fósforo (P), magnésio (Mg) e enxofre (S), também são importantes nesta estratégia, favorecendo a fotossíntese e a síntese de aminoácidos e proteínas, bem como para a reposição dos nutrientes perdidos em virtude das queimadas. 


A utilização de foliares à base de boro monoetanolamina (MEA), em conjunto com a aplicação nitrogenada é também uma excelente forma de complementar a reposição deste nutriente e estimular a multiplicação celular e o pleno estabelecimento vegetativo da cana-de-açúcar, resultando em um canavial vigoroso e produtivo. 


 

Autor: Ebson Silva – Consultor Técnico de Mercado da Union Agro 


25 de novembro de 2024
O conceito de adjuvante é “Qualquer substância ou composto sem propriedades fitossanitárias, exceto a água, que é acrescido numa preparação da calda de defensivos, para facilitar a aplicação, aumentar a eficácia ou diminuir riscos.” (Kissmann, 1998). Portanto as diferentes composições de adjuvantes existentes, quais sejam: óleos minerais, óleos vegetais, uréias, resinas, entre outros; possuem características de atuações diferentes. Quando escolhidos e utilizados de forma correta, podem aumentar a eficácia e interferir no resultado, por exemplo, reduzindo em até 30% o impacto na perda por qualidade da água (dado da Cotrisoja). A atuação dos adjuvantes, geralmente, tem 2 principais focos, que podem estar combinados num produto só, que são: - Aumentar a eficiência dos defensivos : aumentar a penetração na planta; manter o defensivo por mais tempo em contato com a superfície da folha (efeito adesivo); diminuir deriva; aumentar a superfície de contato com a folha (efeito surfactante, espalhante) e manter maior umidade por mais tempo na superfície de contato (umectante). - Melhorar a condição da calda de aplicação: ajustar o teor de acidez da calda (pH da calda); manter o teor do pH estável por várias horas (efeito tamponante); melhorar/homogeneizar a mistura dos defensivos no tanque (efeito emulsificante); estabilizar a mistura no tanque por mais tempo; promover a dispersão de partículas, evitar que elas se aglomerem (efeito dispersante); complexar cátions livre (sequestradores de cátions, neutralizar o cálcio de “água dura”, etc.) e antiespumantes. Dentre as opções disponíveis, os óleos minerais são largamente utilizados no mercado, alguns com outros componentes, como o Triomax (agente emulsificante, redutor de ph, etc.) que definem as principais características de atuação. Apesar das diversas atuações, via-de-regra, algumas características se sobressaem a outras, por exemplo: pelo fato de ser óleo, é um excelente penetrante (dissolvem as gorduras das cutículas das membranas das células) e pode conter na sua composição complexante (melhora a condição da água: “dura”, alto teor de matéria orgânica, impurezas, etc.) e redutor de ph (acidifica a calda para aplicação com herbicidas, por exemplo). Ainda em relação à óleos, alguns óleos vegetais possuem em sua composição óleo de casca de laranja, como o Bravium . Estes óleos diferenciados são compatíveis com todas as culturas agrícolas, inclusive as mais sensíveis para defensivos, como por exemplo, feijão, morango... e possuem ainda um efeito no desalojamento de pragas, ou seja, o seu “aroma” força a movimentação de insetos nas áreas aplicadas, fazendo com que a praga “escondida” sob a palha, ou folhas, entre em contato com o inseticida aplicado em conjunto. Portanto, a escolha do adjuvante correto pode definir o sucesso da utilização dos defensivos.  Autor: Diego Marsão - Gerente Comercial da Union Agro
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