FBN – A fábrica biológica de adubo nitrogenado

14 de outubro de 2024

Comece sua safra com o pé direito!

A fixação biológica do nitrogênio (FBN) é um mecanismo executado por alguns grupos de microrganismos, os quais possuem a enzima nitrogenase funcional, e que posteriormente será utilizada como fonte de nitrogênio para o suprimento nutricional de algumas plantas. 


Nas leguminosas como a soja, a importância desse processo é tão grande, que a inoculação de bactérias do gênero Bradyrhizobium dispensa totalmente a utilização de fertilizantes nitrogenados, resultado em economia para o produtor rural. 


Mais importante que a inoculação, é a re-inoculação, ou seja, a reposição por safra da microbiota do solo; em 2005, a Embrapa Soja em uma revisão bibliográfica nacional, apresentou resultados entre 3 e 16% de ganhos de produtividade com essa prática. (Hungria et al. 2005). 


A FBN funciona como se fosse uma verdadeira “fábrica”, que para funcionar, precisa dos seus “operadores” (bactérias diazotróficas). Esses “operadores” captam a “matéria prima” (N2 do ar), que passa por diversas “etapas de beneficiamento”, até a formação do “produto final” (N assimilável) e assim pode atender o “consumidor final” (planta). Nesse mesmo contexto a nutrição vegetal tem uma enorme importância em cada um desses processos que compõem a fixação biológica e metabolismo do nitrogênio. 


Existem diversos nutrientes envolvidos na FBN, cada um atuando em um ou mais processos. O micronutriente ferro, abundante em solos brasileiros, tem a função de manter os nódulos ativos, juntamente com o micronutriente cobalto, controlam a quantidade de oxigênio dentro do nódulo. Outro micronutriente importante é o molibdênio, é a peça-chave da enzima nitrogenase, que é responsável por acelerar o processo de transformação do nitrogênio do ar em amoniacal, que, posteriormente, será reduzida até a forma assimilável pelas plantas, por meio da urease, onde o micronutriente manganês e o níquel têm papel essencial, o último participando também da hidrogenase. 


A aplicação de cobalto, molibdênio e níquel na soja, é uma prática comumente realizada no tratamento de semente ou via sulco de plantio pensando principalmente, na atividade dos primeiros nódulos ativos da cultura. 


No ciclo da soja, existem “3 ápices de nodulação”, o qual aumenta drasticamente o número e massa de nódulos: o primeiro e menor dos três em V3-V4, o segundo em R1-R2 e o terceiro e maior ápice de nodulação em R5.3. (Câmara. 2014) Ou seja, nessas fases, é a maior demanda dos micronutrientes envolvidos no processo. Assim pode-se realizar também de 2 a 3 complementações foliares, com molibdênio e níquel. 


Em síntese, o uso de micronutrientes como manganês, cobalto, molibdênio e níquel, proporcionam um eficiente processo de fixação biológica e metabolismo do nitrogênio, que refletirá na  produtividade e no menor gastos com fertilizantes nitrogenados. 


Gustavo Esteves Cambaúva - Representante Técnico de Vendas da Union Agro 

25 de novembro de 2024
O conceito de adjuvante é “Qualquer substância ou composto sem propriedades fitossanitárias, exceto a água, que é acrescido numa preparação da calda de defensivos, para facilitar a aplicação, aumentar a eficácia ou diminuir riscos.” (Kissmann, 1998). Portanto as diferentes composições de adjuvantes existentes, quais sejam: óleos minerais, óleos vegetais, uréias, resinas, entre outros; possuem características de atuações diferentes. Quando escolhidos e utilizados de forma correta, podem aumentar a eficácia e interferir no resultado, por exemplo, reduzindo em até 30% o impacto na perda por qualidade da água (dado da Cotrisoja). A atuação dos adjuvantes, geralmente, tem 2 principais focos, que podem estar combinados num produto só, que são: - Aumentar a eficiência dos defensivos : aumentar a penetração na planta; manter o defensivo por mais tempo em contato com a superfície da folha (efeito adesivo); diminuir deriva; aumentar a superfície de contato com a folha (efeito surfactante, espalhante) e manter maior umidade por mais tempo na superfície de contato (umectante). - Melhorar a condição da calda de aplicação: ajustar o teor de acidez da calda (pH da calda); manter o teor do pH estável por várias horas (efeito tamponante); melhorar/homogeneizar a mistura dos defensivos no tanque (efeito emulsificante); estabilizar a mistura no tanque por mais tempo; promover a dispersão de partículas, evitar que elas se aglomerem (efeito dispersante); complexar cátions livre (sequestradores de cátions, neutralizar o cálcio de “água dura”, etc.) e antiespumantes. Dentre as opções disponíveis, os óleos minerais são largamente utilizados no mercado, alguns com outros componentes, como o Triomax (agente emulsificante, redutor de ph, etc.) que definem as principais características de atuação. Apesar das diversas atuações, via-de-regra, algumas características se sobressaem a outras, por exemplo: pelo fato de ser óleo, é um excelente penetrante (dissolvem as gorduras das cutículas das membranas das células) e pode conter na sua composição complexante (melhora a condição da água: “dura”, alto teor de matéria orgânica, impurezas, etc.) e redutor de ph (acidifica a calda para aplicação com herbicidas, por exemplo). Ainda em relação à óleos, alguns óleos vegetais possuem em sua composição óleo de casca de laranja, como o Bravium . Estes óleos diferenciados são compatíveis com todas as culturas agrícolas, inclusive as mais sensíveis para defensivos, como por exemplo, feijão, morango... e possuem ainda um efeito no desalojamento de pragas, ou seja, o seu “aroma” força a movimentação de insetos nas áreas aplicadas, fazendo com que a praga “escondida” sob a palha, ou folhas, entre em contato com o inseticida aplicado em conjunto. Portanto, a escolha do adjuvante correto pode definir o sucesso da utilização dos defensivos.  Autor: Diego Marsão - Gerente Comercial da Union Agro
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