A fixação biológica do nitrogênio (FBN) é um mecanismo executado por alguns grupos de microrganismos, os quais possuem a enzima nitrogenase funcional, e que posteriormente será utilizada como fonte de nitrogênio para o suprimento nutricional de algumas plantas.
Nas leguminosas como a soja, a importância desse processo é tão grande, que a inoculação de bactérias do gênero Bradyrhizobium dispensa totalmente a utilização de fertilizantes nitrogenados, resultado em economia para o produtor rural.
Mais importante que a inoculação, é a re-inoculação, ou seja, a reposição por safra da microbiota do solo; em 2005, a Embrapa Soja em uma revisão bibliográfica nacional, apresentou resultados entre 3 e 16% de ganhos de produtividade com essa prática. (Hungria et al. 2005).
A FBN funciona como se fosse uma verdadeira “fábrica”, que para funcionar, precisa dos seus “operadores” (bactérias diazotróficas). Esses “operadores” captam a “matéria prima” (N2 do ar), que passa por diversas “etapas de beneficiamento”, até a formação do “produto final” (N assimilável) e assim pode atender o “consumidor final” (planta). Nesse mesmo contexto a nutrição vegetal tem uma enorme importância em cada um desses processos que compõem a fixação biológica e metabolismo do nitrogênio.
Existem diversos nutrientes envolvidos na FBN, cada um atuando em um ou mais processos. O micronutriente ferro, abundante em solos brasileiros, tem a função de manter os nódulos ativos, juntamente com o micronutriente cobalto, controlam a quantidade de oxigênio dentro do nódulo. Outro micronutriente importante é o molibdênio, é a peça-chave da enzima nitrogenase, que é responsável por acelerar o processo de transformação do nitrogênio do ar em amoniacal, que, posteriormente, será reduzida até a forma assimilável pelas plantas, por meio da urease, onde o micronutriente manganês e o níquel têm papel essencial, o último participando também da hidrogenase.
A aplicação de cobalto, molibdênio e níquel na soja, é uma prática comumente realizada no tratamento de semente ou via sulco de plantio pensando principalmente, na atividade dos primeiros nódulos ativos da cultura.
No ciclo da soja, existem “3 ápices de nodulação”, o qual aumenta drasticamente o número e massa de nódulos: o primeiro e menor dos três em V3-V4, o segundo em R1-R2 e o terceiro e maior ápice de nodulação em R5.3. (Câmara. 2014) Ou seja, nessas fases, é a maior demanda dos micronutrientes envolvidos no processo. Assim pode-se realizar também de 2 a 3 complementações foliares, com molibdênio e níquel.
Em síntese, o uso de micronutrientes como manganês, cobalto, molibdênio e níquel, proporcionam um eficiente processo de fixação biológica e metabolismo do nitrogênio, que refletirá na produtividade e no menor gastos com fertilizantes nitrogenados.
Gustavo Esteves Cambaúva - Representante Técnico de Vendas da Union Agro
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