Diego Marsão
Gerente Comercial Sudeste
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/ USP)
Algumas soluções para equilibrar a produtividade, muitas vezes, nos passam aos olhos e não percebemos. A que vamos destacar aqui é o Macronutriente Enxofre (S), ele é considerado “macro”, pois sua demanda para as culturas agrícolas é em Kg/ha, tornando-se essencial e limitante. Porém, mesmo sendo essencial, ele não é tão discutido, investigado, ou até lembrado como deveria.
O enxofre é um dos principais elementos no metabolismo da planta, atuando na estrutura de moléculas: em aminoácidos; gorduras (lipídios); polissacarídeos (celulose e amidos); flavonoides (indutores de resistência a doenças) e alcaloides (defesa contra pragas). Além de atuação ampla como ativador enzimático. Portanto, fundamental para colheitas produtivas.
Porém, por ser considerado secundário, ou seja, a quantia demandada ser menor do que N, P e K; muitos produtores não se atentam a investigar através da análise de solo, a real demanda deste nutriente. Pela experiência deste autor, na região de Piracicaba e Jaú, num universo de 170 mil ha, distribuídos em aproximadamente 1.200 propriedades e 15.300 análises de solos, o enxofre (S) apresentou teores médio (S menor que 15 mg/dm³) em 83% das amostras de 0-20, áreas inclusive com práticas regulares de gessagem.
Estes níveis baixos, estão ligados principalmente as fontes oferecidas, a grande maioria são de alta solubilidade (gesso, sulfato de amônio, super simples, etc.) que possuem excelentes atributos ligados a outros nutrientes, porém não são específicos para fornecimento de S. Hoje no mercado a melhor fonte de enxofre via solo, para nutrição das culturas agrícolas é o enxofre + bentonita pastilhado.
O enxofre + bentonita pastilhado (90% de S), são grânulos equivalentes a lentilhas, compostos de enxofre elementar fundido com argila bentonita 2:1. Esta mistura homogênea, quando aplicado no solo, na dinâmica de umidade e secamento dos solos, a argila expande em até 20 vezes o seu volume, permitindo que o enxofre elementar seja “atacado” pela microbiota do solo e disponibilizado para a planta na forma de sulfato.
A grande vantagem é que esta dinâmica do elemento ligado a argila, possibilita a liberação controlada de enxofre na camada superficial, sem lixiviação, permitindo o correto fornecimento ao longo do ciclo da cultura. Inclusive, existe no mercado enxofre e bentonita agregado com micronutrientes, como Boro (B) e Zinco (Zn), oferecendo, além do S, o B (0,7% a 1%) e o Zn (0,7%) de forma controlada ao longo do ciclo das culturas. Pela forma apresentada, a aplicação pode ser à lanço em área total, ou localizada com adubadores, cultivadores, sulcadores, etc.
O importante é que a fórmula ofertada apresente a maior concentração possível de enxofre (ideal é 90% de S, ou 85% quando combinado com B e Zn), mas que contenha a argila bentonita, para possibilitar a disponibilidade controlada.
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