Autor(a): Carolina Ruv é Engenheira Agrônoma, Doutora em Agricultura pela Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP/Botucatu. Atualmente, é Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento Agronômico da Union Agro. Possui ampla experiência com fisiologia e ecofisiologia de culturas agrícolas (soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, girassol), bem como nutrição vegetal.
Bioativadores e nutrição foliar: as novas fronteiras para aumento de produtividade do milho
17 de abril de 2025
Como a nutrição e fisiologia podem, juntas, otimizar o metabolismo da cultura do milho, auxiliando na máxima expressão do seu potencial produtivo
O cenário econômico do milho safrinha é afetado por fatores como custo de produção, a produtividade, condições climáticas e competição no setor agrícola. Para a segunda safra de 24/25 a Conab estima um aumento de 3,8% na produtividade, com expectativa de atingir 94,6 milhões de toneladas, o que traz otimismo e deve incentivar os produtores a ampliar os investimentos no grão.
No contexto atual, as condições climáticas têm interferido substancialmente no progresso do plantio e desenvolvimento das lavouras, e as previsões climáticas indicam redução nas chuvas devido à troca de polaridade do regime pluviométrico, portanto, buscar estimular o metabolismo das plantas trará impactos diretos nos índices de produtividade e qualidade das culturas.
Para maximizar o desenvolvimento das plantas, e promover um melhor desempenho em situações de adversidade, a combinação de bioativadores e nutrição foliar tem se mostrado uma estratégia eficiente, além de diminuir o custo de produção para o produtor rural, otimizando investimentos em adubos químicos e as aplicações de defensivos agrícolas.
A nutrição foliar é especialmente importante em momentos críticos do ciclo do milho, quando a planta apresenta demanda maior de aporte nutricional, pois disponibiliza nutrientes de maneira direta, permitindo uma absorção rápida e eficiente. Já os bioativadores estimulam processos fisiológicos e bioquímicos, aumentam a capacidade de crescimento e resistência, compostos por aminoácidos, peptídeos, extratos de algas e microrganismos benéficos, e tornam o milho mais eficiente na captação e utilização dos nutrientes aplicados via solo e foliar.
A bioativação do milho está diretamente ligada ao fornecimento de nutrientes que, além de desempenharem funções metabólicas clássicas, também atuam como sinalizadores bioquímicos e ativadores de processos fisiológicos. O potássio, por exemplo, regula processos osmóticos e ativa mais de 60 enzimas relacionadas à fotossíntese e síntese de açúcares, facilitando o transporte de assimilados, melhorando o balanço hídrico, tornando a planta mais preparada para responder a estresses.
O zinco, por sua vez, é vital na síntese de triptofano, precursor da auxina, sendo assim, fundamental para crescimento radicular e alongamento celular, atuando na estabilização das membranas celulares e na ativação de enzimas antioxidantes. Além deste, o boro é estratégico para a bioativação da cultura, pois participa do transporte de açúcares, melhora a divisão celular e sinaliza processos reprodutivos. Também, o manganês, participa diretamente da quebra da molécula de água, que resulta na produção de energia para as reações metabólicas, ativa enzimas envolvidas na biossíntese de lignina e na defesa antioxidante, importantes para o vigor e a proteção do milho.
A interação entre as ferramentas potencializa os efeitos positivos na cultura do milho de diversas formas:
• Maior absorção e mobilização de nutrientes, pelo aumento da permeabilidade das membranas e melhor transporte dos mesmos;
• Aprimoramento da fotossíntese, já que substâncias bioativas estimulam a produção de clorofila e consequente conversão de luz em energia (biomassa);
• Redução do estresse oxidativo ocasionado pela presença de antioxidantes naturais nos bioativadores, que protegem as células dos danos ocasionados pela seca, temperaturas extremas e fitotoxidez;
• Aumento da eficiência metabólica devido à presença de aminoácidos e fitormônios que aceleram os processos como a divisão celular e a formação de estruturas reprodutivas.
Nesse contexto, o manejo adequado é fundamental para otimizar essas interações. Pesquisas recentes mostram diferentes respostas a aplicações de complexos com bioativadores e nutrientes, de acordo com a necessidade do metabolismo da cultura em determinado estágio, com respostas variadas, por exemplo, nos níveis de potássio e enxofre, mais proeminentes entre V4 e V8. Além disso, com estímulos ao desenvolvimento de raízes e parte aérea quando aplicados no plantio, aumentando a eficiência na produção de milho
O milho é cultura de grande importância global, em função do papel econômico e social que promove, sendo considerado alimento energético e utilizado desde alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. Apesar disso, alcançar alto rendimento na segunda safra pode ser desafiador. Ao aliar nutrientes e tecnologias bioativas como aminoácidos e extratos vegetais, melhorar a eficiência do uso de nutrientes, aumentar a resiliência a estresses ambientais e promover um crescimento mais robusto, há garantia de produção mais forte e sustentável, incrementando a produtividade e assegurando a rentabilidade.

O Brasil se destaca por possuir uma área cultivada com cana-de-açúcar com cerca de 9 milhões de hectares, um terço da área agropecuária do país, de acordo com levantamento realizado pelo MAPA em dezembro de 2024. Com ciclo longo, e uma diversidade de cenários encontrados, como áreas recém-plantadas e plantas quase prontas para os processos de maturação e colheita, a cultura enfrenta um período de estiagem, que coincide com o inverno. Nesse cenário, boas práticas visando o uso de potentes tecnologias, posicionadas corretamente a cada estágio de desenvolvimento, tornaram-se pilar para o sucesso produtivo desta cultura. Com o aumento da incidência de extremos climáticos e sem controle sobre estas variáveis, produtores e usinas canavieiras vivem à mercê de fenômenos de clima adversos, que trazem consigo grandes danos a cultura. No entanto, por meio de estudos desenvolvidos nas diversas instituições de ensino voltadas a agricultura e por especialistas do mercado, foram elaboradas estratégias quem podem ser adotadas com o intuito de atravessar os períodos de estiagem, por exemplo, com um mínimo de perdas (que podem chegar a 20%), mantendo altas a produtividade e qualidade do canavial. Os estudos têm demonstrado um caminho bastante promissor, através do uso combinado de ferramentas como nutrição foliar e ativadores do metabolismo, permitindo que, em condições desfavoráveis a planta ajuste sua resposta, reduzindo perdas e se preparando para a passagem pelo período de estresse (seca – maio a setembro), no qual o fornecimento de água para o sistema estará restrito. Em momentos de estresse, a planta ativa uma série de mecanismos de defesa, mecânicos (enrolamento de folhas, espessamento de parede celular, aprofundamento de raízes em busca de água) e fisiológicos (síntese de enzimas antioxidantes e aminoácidos) para minimizar a perda de água e as trocas gasosas com o ambiente, reduzindo seu gasto energético, e mantendo o equilíbrio do seu metabolismo pelo período mais prolongado possível. Tal situação pode reduzir ou até mesmo paralisar o desenvolvimento da cultura, resultando em provável perda do potencial produtivo do canavial, consequência de encurtamento de entrenós, redução de área foliar e da produção de açúcar. Nesse contexto, o manejo “Stay Green”, mais conhecido como “Pré-seca” tem como objetivo manter a atividade enzimática e fotossintética das folhas da cana-de-açúcar durante o período sem chuvas. A estratégia consiste em manter as folhas verdes, para que a planta não tenha seus processos fisiológicos afetados na condição de estresse hídrico. As principais aplicações com essa finalidade são à base de potássio, fósforo, magnésio, boro e aminoácidos, essenciais para a ativação do metabolismo e translocação de açúcar. O potássio (K), na planta, atua como regulador estomático, favorecendo o melhor aproveitamento de água e nutrientes. O fósforo (P), como um dos principais elementos formadores de ATP, molécula responsável pelo armazenamento e transporte de energia nas células, incluindo os açúcares produzidos. Enquanto isso, o magnésio (Mg) é componente central da clorofila, sendo imprescindível para a realização da fotossíntese. O boro estabiliza as membranas celulares protegendo-as dos efeitos da perda de água. Outra possibilidade, a aplicação foliar de aminoácidos, complementa o manejo nutricional de forma extremamente eficaz, e otimiza a resposta fisiológica da planta. Aminoácidos são precursores de enzimas antioxidantes, essenciais para a degradação de radicais livres formados durante o estresse, e que são tóxicos ao metabolismo da cana-de-açúcar. Além disso, atuam como osmorreguladores, evitando a perda excessiva de água. O manejo pré-seca, no entanto, exige um planejamento cuidadoso, para que seja posicionado no momento ideal afim de garantir o fortalecimento da planta, melhorar sua resistência e potencializar seu desempenho agronômico. Ao integrar essas ferramentas com outras práticas e tecnologias agrícolas, os produtores reduzem os efeitos negativos da estiagem além de promover uma produção mais sustentável e eficiente. A adoção do manejo pré-seca não apenas protege a lavoura contra perdas produtivas, mas também contribui para a eficiência do uso de insumos, proporcionado maior resiliência fisiológica e nutricional às plantas. Dessa forma, uma dúvida frequente quanto a este manejo se dá frente ao momento da aplicação, que deve ocorrer próximo às últimas chuvas de outono, historicamente posicionadas nos meses de abril e maio. Uma decisão relacionada ao clima e de difícil previsão, que varia de região para região, de ano para ano, sempre em função da definição climática da safra em questão, podendo se antecipar em alguns casos. A anormalidade climática traz consigo obstáculos à produção de cana-de-açúcar, e devido a adoção de janela produtiva na qual a cultura se expõe a longo período de estiagem, baixa radiação e baixa temperatura, se faz necessário adotar ferramentas e implementar estratégias que garantam a entrega de produtividade, longevidade e lucratividade do canavial. Neste contexto, se inclui o uso racional e integrado de nutrientes e aminoácidos, como proposto pelo manejo pré-seca, permitindo que a cana-de-açúcar enfrente melhor o período de adversidade e mantenha alto seu potencial produtivo.

O conceito de adjuvante é “Qualquer substância ou composto sem propriedades fitossanitárias, exceto a água, que é acrescido numa preparação da calda de defensivos, para facilitar a aplicação, aumentar a eficácia ou diminuir riscos.” (Kissmann, 1998). Portanto as diferentes composições de adjuvantes existentes, quais sejam: óleos minerais, óleos vegetais, uréias, resinas, entre outros; possuem características de atuações diferentes. Quando escolhidos e utilizados de forma correta, podem aumentar a eficácia e interferir no resultado, por exemplo, reduzindo em até 30% o impacto na perda por qualidade da água (dado da Cotrisoja). A atuação dos adjuvantes, geralmente, tem 2 principais focos, que podem estar combinados num produto só, que são: - Aumentar a eficiência dos defensivos : aumentar a penetração na planta; manter o defensivo por mais tempo em contato com a superfície da folha (efeito adesivo); diminuir deriva; aumentar a superfície de contato com a folha (efeito surfactante, espalhante) e manter maior umidade por mais tempo na superfície de contato (umectante). - Melhorar a condição da calda de aplicação: ajustar o teor de acidez da calda (pH da calda); manter o teor do pH estável por várias horas (efeito tamponante); melhorar/homogeneizar a mistura dos defensivos no tanque (efeito emulsificante); estabilizar a mistura no tanque por mais tempo; promover a dispersão de partículas, evitar que elas se aglomerem (efeito dispersante); complexar cátions livre (sequestradores de cátions, neutralizar o cálcio de “água dura”, etc.) e antiespumantes. Dentre as opções disponíveis, os óleos minerais são largamente utilizados no mercado, alguns com outros componentes, como o Triomax (agente emulsificante, redutor de ph, etc.) que definem as principais características de atuação. Apesar das diversas atuações, via-de-regra, algumas características se sobressaem a outras, por exemplo: pelo fato de ser óleo, é um excelente penetrante (dissolvem as gorduras das cutículas das membranas das células) e pode conter na sua composição complexante (melhora a condição da água: “dura”, alto teor de matéria orgânica, impurezas, etc.) e redutor de ph (acidifica a calda para aplicação com herbicidas, por exemplo). Ainda em relação à óleos, alguns óleos vegetais possuem em sua composição óleo de casca de laranja, como o Bravium . Estes óleos diferenciados são compatíveis com todas as culturas agrícolas, inclusive as mais sensíveis para defensivos, como por exemplo, feijão, morango... e possuem ainda um efeito no desalojamento de pragas, ou seja, o seu “aroma” força a movimentação de insetos nas áreas aplicadas, fazendo com que a praga “escondida” sob a palha, ou folhas, entre em contato com o inseticida aplicado em conjunto. Portanto, a escolha do adjuvante correto pode definir o sucesso da utilização dos defensivos. Autor: Diego Marsão - Gerente Comercial da Union Agro
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O Brasil se destaca por possuir uma área cultivada com cana-de-açúcar com cerca de 9 milhões de hectares, um terço da área agropecuária do país, de acordo com levantamento realizado pelo MAPA em dezembro de 2024. Com ciclo longo, e uma diversidade de cenários encontrados, como áreas recém-plantadas e plantas quase prontas para os processos de maturação e colheita, a cultura enfrenta um período de estiagem, que coincide com o inverno. Nesse cenário, boas práticas visando o uso de potentes tecnologias, posicionadas corretamente a cada estágio de desenvolvimento, tornaram-se pilar para o sucesso produtivo desta cultura. Com o aumento da incidência de extremos climáticos e sem controle sobre estas variáveis, produtores e usinas canavieiras vivem à mercê de fenômenos de clima adversos, que trazem consigo grandes danos a cultura. No entanto, por meio de estudos desenvolvidos nas diversas instituições de ensino voltadas a agricultura e por especialistas do mercado, foram elaboradas estratégias quem podem ser adotadas com o intuito de atravessar os períodos de estiagem, por exemplo, com um mínimo de perdas (que podem chegar a 20%), mantendo altas a produtividade e qualidade do canavial. Os estudos têm demonstrado um caminho bastante promissor, através do uso combinado de ferramentas como nutrição foliar e ativadores do metabolismo, permitindo que, em condições desfavoráveis a planta ajuste sua resposta, reduzindo perdas e se preparando para a passagem pelo período de estresse (seca – maio a setembro), no qual o fornecimento de água para o sistema estará restrito. Em momentos de estresse, a planta ativa uma série de mecanismos de defesa, mecânicos (enrolamento de folhas, espessamento de parede celular, aprofundamento de raízes em busca de água) e fisiológicos (síntese de enzimas antioxidantes e aminoácidos) para minimizar a perda de água e as trocas gasosas com o ambiente, reduzindo seu gasto energético, e mantendo o equilíbrio do seu metabolismo pelo período mais prolongado possível. Tal situação pode reduzir ou até mesmo paralisar o desenvolvimento da cultura, resultando em provável perda do potencial produtivo do canavial, consequência de encurtamento de entrenós, redução de área foliar e da produção de açúcar. Nesse contexto, o manejo “Stay Green”, mais conhecido como “Pré-seca” tem como objetivo manter a atividade enzimática e fotossintética das folhas da cana-de-açúcar durante o período sem chuvas. A estratégia consiste em manter as folhas verdes, para que a planta não tenha seus processos fisiológicos afetados na condição de estresse hídrico. As principais aplicações com essa finalidade são à base de potássio, fósforo, magnésio, boro e aminoácidos, essenciais para a ativação do metabolismo e translocação de açúcar. O potássio (K), na planta, atua como regulador estomático, favorecendo o melhor aproveitamento de água e nutrientes. O fósforo (P), como um dos principais elementos formadores de ATP, molécula responsável pelo armazenamento e transporte de energia nas células, incluindo os açúcares produzidos. Enquanto isso, o magnésio (Mg) é componente central da clorofila, sendo imprescindível para a realização da fotossíntese. O boro estabiliza as membranas celulares protegendo-as dos efeitos da perda de água. Outra possibilidade, a aplicação foliar de aminoácidos, complementa o manejo nutricional de forma extremamente eficaz, e otimiza a resposta fisiológica da planta. Aminoácidos são precursores de enzimas antioxidantes, essenciais para a degradação de radicais livres formados durante o estresse, e que são tóxicos ao metabolismo da cana-de-açúcar. Além disso, atuam como osmorreguladores, evitando a perda excessiva de água. O manejo pré-seca, no entanto, exige um planejamento cuidadoso, para que seja posicionado no momento ideal afim de garantir o fortalecimento da planta, melhorar sua resistência e potencializar seu desempenho agronômico. Ao integrar essas ferramentas com outras práticas e tecnologias agrícolas, os produtores reduzem os efeitos negativos da estiagem além de promover uma produção mais sustentável e eficiente. A adoção do manejo pré-seca não apenas protege a lavoura contra perdas produtivas, mas também contribui para a eficiência do uso de insumos, proporcionado maior resiliência fisiológica e nutricional às plantas. Dessa forma, uma dúvida frequente quanto a este manejo se dá frente ao momento da aplicação, que deve ocorrer próximo às últimas chuvas de outono, historicamente posicionadas nos meses de abril e maio. Uma decisão relacionada ao clima e de difícil previsão, que varia de região para região, de ano para ano, sempre em função da definição climática da safra em questão, podendo se antecipar em alguns casos. A anormalidade climática traz consigo obstáculos à produção de cana-de-açúcar, e devido a adoção de janela produtiva na qual a cultura se expõe a longo período de estiagem, baixa radiação e baixa temperatura, se faz necessário adotar ferramentas e implementar estratégias que garantam a entrega de produtividade, longevidade e lucratividade do canavial. Neste contexto, se inclui o uso racional e integrado de nutrientes e aminoácidos, como proposto pelo manejo pré-seca, permitindo que a cana-de-açúcar enfrente melhor o período de adversidade e mantenha alto seu potencial produtivo.

O conceito de adjuvante é “Qualquer substância ou composto sem propriedades fitossanitárias, exceto a água, que é acrescido numa preparação da calda de defensivos, para facilitar a aplicação, aumentar a eficácia ou diminuir riscos.” (Kissmann, 1998). Portanto as diferentes composições de adjuvantes existentes, quais sejam: óleos minerais, óleos vegetais, uréias, resinas, entre outros; possuem características de atuações diferentes. Quando escolhidos e utilizados de forma correta, podem aumentar a eficácia e interferir no resultado, por exemplo, reduzindo em até 30% o impacto na perda por qualidade da água (dado da Cotrisoja). A atuação dos adjuvantes, geralmente, tem 2 principais focos, que podem estar combinados num produto só, que são: - Aumentar a eficiência dos defensivos : aumentar a penetração na planta; manter o defensivo por mais tempo em contato com a superfície da folha (efeito adesivo); diminuir deriva; aumentar a superfície de contato com a folha (efeito surfactante, espalhante) e manter maior umidade por mais tempo na superfície de contato (umectante). - Melhorar a condição da calda de aplicação: ajustar o teor de acidez da calda (pH da calda); manter o teor do pH estável por várias horas (efeito tamponante); melhorar/homogeneizar a mistura dos defensivos no tanque (efeito emulsificante); estabilizar a mistura no tanque por mais tempo; promover a dispersão de partículas, evitar que elas se aglomerem (efeito dispersante); complexar cátions livre (sequestradores de cátions, neutralizar o cálcio de “água dura”, etc.) e antiespumantes. Dentre as opções disponíveis, os óleos minerais são largamente utilizados no mercado, alguns com outros componentes, como o Triomax (agente emulsificante, redutor de ph, etc.) que definem as principais características de atuação. Apesar das diversas atuações, via-de-regra, algumas características se sobressaem a outras, por exemplo: pelo fato de ser óleo, é um excelente penetrante (dissolvem as gorduras das cutículas das membranas das células) e pode conter na sua composição complexante (melhora a condição da água: “dura”, alto teor de matéria orgânica, impurezas, etc.) e redutor de ph (acidifica a calda para aplicação com herbicidas, por exemplo). Ainda em relação à óleos, alguns óleos vegetais possuem em sua composição óleo de casca de laranja, como o Bravium . Estes óleos diferenciados são compatíveis com todas as culturas agrícolas, inclusive as mais sensíveis para defensivos, como por exemplo, feijão, morango... e possuem ainda um efeito no desalojamento de pragas, ou seja, o seu “aroma” força a movimentação de insetos nas áreas aplicadas, fazendo com que a praga “escondida” sob a palha, ou folhas, entre em contato com o inseticida aplicado em conjunto. Portanto, a escolha do adjuvante correto pode definir o sucesso da utilização dos defensivos. Autor: Diego Marsão - Gerente Comercial da Union Agro